Primeira edição do SEDA

O Salavisa European Dance Award  - SEDA, edição de 2024, foi atribuído em novembro de 2024 a Dorothée Munyaneza (Ruanda/Reino Unido/França) e a Idio Chichava (Moçambique). Entre os finalistas, anunciados em abril, figuraram também Bouchra Ouizguen, Catarina Miranda e Dalila Belaza.

Criado em 2023 pela Fundação Calouste Gulbenkian com o intuito de homenagear o legado do bailarino, professor e diretor artístico português Jorge Salavisa (1939-2020), o SEDA é atribuído a artistas de qualquer parte do mundo, a cada dois anos, no valor de 150 mil euros.

O Prémio foi impulsionado por Kees Eijrond, amigo de longa data de Jorge Salavisa. A Fundação Kees Eijrond é uma das entidades financiadoras e uma das seis instituições europeias parceiras, juntamente com Sadler's Wells (Londres, Reino Unido), ImPulsTanz – Vienna International Dance Festival (Viena, Áustria), KVS (Bruxelas, Bélgica), Dansehallerne (Copenhaga, Dinamarca), Maison de la Danse/Biennale de la Danse (Lyon, França) e Joint Adventures (Munique, Alemanha). Visite o site da Fundação Gulbenkian para saber mais sobre o processo de seleção.

Conheça os vencedores:

Dorothée Munyaneza é uma artista multidisciplinar que utiliza a música, o canto, o texto e o movimento para abordar a rutura como uma força dinâmica e criar espaços de ressonância e esperança. Partindo de uma herança cultural muito diversa — a infância passada no Ruanda, os catorze anos que viveu em Londres, uma mudança para Paris e a fixação em Marselha —, as suas criações tecem diálogos com companheiros convidados, como os performers Nadia Beugré e Holland Andrews, os músicos Alain Mahé, Ben LaMar Gay e Khyam Allami, a designer Stéphanie Coudert ou a artista visual Maya Mihindou.

Idio Chichava é um bailarino, coreógrafo e diretor artístico moçambicano. Nascido em Maputo, começou a dançar num grupo de dança tradicional em 2000. Mergulhou na dança contemporânea no ano seguinte, a partir da CultuArte e das Danças na Cidade, e alargou o seu repertório em colaboração com Lia Rodrigues e Thomas Hauert. Colabora desde 2005 com a Kubilai Khan Investigations, em França. Fundou a companhia Converge+ em 2012. De regresso a Maputo desde 2020, tem criado oficinas, encontros e espetáculos que promovem a descentralização, deslocando a arte das cidades para as periferias.